Ela estava insegura, óbvio que estava. "O que ele vai falar?", se perguntava a todo instante. Naquele dia ele ficara de lhe entregar uma rosa, e ela estava ansiosa para isto. "Onde ele está que não chega logo?", se questionava incansavelmente.


Do lado de fora, lá estava o tal garoto, tomando coragem para fazer tudo como havia planejado. "Será que ela vai gostar?", se perguntava. Aquele tipo de coisa não era com ele, ele não sabia fazer essas coisas. Ele queria fazer tudo o mais perfeito possível, mas todos nós sabemos que na hora H, as coisas fogem ao planejado. "É agora", pensou ele, por fim, e entrou salão adentro. 


E lá estava ela, sentada em um banco, navegando sozinha em seus pensamentos, já com outra rosa na mão. "É, houve alguém mais rápido que eu", pensou ele, sem dar muita importância a isso, afinal, ele estava indo encontrar a sua garota, a garota que tomara conta de seus pensamentos.


E naquele breve instante, mil e uma coisa se passaram pela cabeça de ambos quando num segundo seus olhos se cruzaram. Você já deve ter passado por isso, essa coisa de "um filme se passou pela minha cabeça", não? Pois então, foi assim com os dois. E de repente ele estava na frente dela, apontando-lhe a rosa: "É pra você... Para demonstrar meu carinho por ti", disse ele.


"Ai meu deus, o que eu respondo?", pensou ela. Por fim, com os olhos de um fixos aos do outro, ela disse:"Vem cá". E então se abraçaram. O abraço mais longo que já haviam dado. Sentiram o encaixe perfeitos de seus corpos, a batida do coração do outro, a respiração forte de quem está apaixonado. Ficaram ali por volta de uns 20 segundo. Claro, você deve estar pensando "Nossa, quanto tempo". Tudo bem, até seria pouco tempo se não estivéssemos falando dessa situação. Aliás, com todo respeito, sua opinião não importa agora. Voltando, lá ficaram eles, abraçados, o tempo necessário para que aquele momento fosse especial. Quando se soltaram, ela ainda não sabia o que dizer, então simplesmente agradeceu.


Agradeceu não só pelas rosas, mas também por querer fazer aquilo tão especial quanto ela queria, por se empenhar em construir essa história com ela. 


Eles se despediram, e então cada um foi para um lado. Mas só eles sabiam o que estavam sentindo, aliás, nem eles sabiam. Mas nessas horas quem quer explicação? Sentimentos são assim mesmo, mistura, conjunto, confusão. Não há como explicar, como entender. São como são. E como é raro duas pessoas se gostarem ao mesmo tempo. Deve ser por isto que eles dão tanto valor... E assim seguiram seu começo de uma longa estrada.


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Mas essa história não termina aqui, porque eu ainda vou viver muita coisa com ele.



1 comment

Alice | 12 de junho de 2012 às 14:32

Amei o texto, principalmente esse último parágrafo! Nada melhor para me fazer suspirar em pleno dia dos namorados...kk
Ah, criei um blog novo, se vc dps quiser dar uma passadinha por lá, o link é: http://miopesanonimos.blogspot.com.br/

Beeeijo

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