Como eu havia prometido, aqui está o texto completo: Inciado por mim, adriana, e terminado pela Nicole Danilevicz (Anônimo) *---*

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O som das ondas batendo no mar eram realmente tranquilizantes. Mas, compartilhar aquele momento apenas comigo mesma, só fazia eu me sentir ainda mais sozinha. A praia estava lotada, mas era como se não existisse ninguém além de mim. Estava cansada desses caras que só brincavam comigo, não levavam nada a sério. Queria alguém me amasse além de tudo, e que eu amasse também; Um amor recíproco. Alguém que me fizesse rir, e chorar também; Alguém pra contar minhas vitórias e meus fracassos; Meus medos. Alguém pra me proteger, fazer loucuras junto comigo. Alguém que gostasse de mim como eu sou; Mas a gente não manda no coração, e o meu é tão burro que foi se apaixonar.

No dia seguinte, resolvi analisar melhor o cara que eu fui gostar. Minha turma estava na aula de geometria, e como de custume, ele nunca sentava perto de mim. Não sei porque, mas prefiria as outras garotas da turma. Bom, é até meio óbvio. Elas não se dão o respeito, ficam se atirando, e eles gostam disso. Que cara não vai gostar de tirar uma casquinha?
Bem, vamos voltar ao assunto. Ele estava sentado na minha diagonal, um lugar com uma boa visão pra mim. Mexia no cachos do cabelo o tempo todo, uma mania que herdara da mãe- uma típica pirua dessas de televisão, cujo único problema na vida era uma unha quebrada.
Não sei se este gesto era algo relacionado a ansiedade. Faria sentido, já que a aula estava um tédio total. Desviei o olhar. Fazia um tempo que eu o encarava, não queria que ele percebece isso. Seria outro motivo pra ele se achar o melhor cara do mundo. Eu não daria esse gostinho não é?! Até porque, ele não é. Tentei prestar atenção na aula. Sem chance. Por mais que eu me esforçasse, por maior que fosse minha vontade, simplesmente não conseguia. Queria parar de gostar dele. Mas como mudar um sentimento assim, de uma hora pro outra? Não é possível. Pelo menos não quando o sentimento é verdadeiro.

Olhei novamente pra ele, e me surpreendi ao ver que ele também olhava pra mim. Corei na hora. Dei um risinho, e virei. Porque ele olhava pra mim? Pensei ter sentido uma esperança dentro de mim. Tratei de cortá-la na hora. Não me deixaria machucar, assim, por nada. Bem, nada não. Mas ainda assim, não valia a pena. O sinal tocou. Mais uma aula se fora, e nada de avanço entre a gente. Merda.

Fui saindo como sempre, até que alguém me segurou o braço. Olhei atenta pra ver quem era. Estava pronta pra começar a xingar, quando me deparei com aqueles olhos que tanto vi nos meus sonhos, nos meus pensamentos, me encarando suavemente. Ele soltou meu braço gentilmente. Ficou na minha frente, e foi tocando meu rosto devagar. Eu não estava intendo nada, mas tinha de reconhecer que estava gostando de tudo aquilo. Tirou uma mecha de cabelo do meu rosto. Seu toque era tão delicado e... amoroso? Talvez.

-Será que você tem uns minutinhos pra mim?- Quando ele disse aquilo, simplesmente não senti mais o chão.
(parte da Nicole)
-É claro.pode falar...-cara,mesmo tentando me controlar,minha voz saiu meio tremida...
-Tipo,eu queria saber se você está com algum problema comigo e tal...por que desde semana passada você está meio que me esnobando...
Esnobando??Eu??-tive vontade de perguntar-mas que garoto cara de pau!Ele vive se esfregando nas garotas atiradas da minha turma e EU estou esnobando ELE??Faça-me o favor...
-Eu não estou esnobando você!
-Não,não...esnobando não...ahn..acho que evitando é a palavra certa...
-Mesmo assim,não estou evitando você.De onde você tirou isso?-agora eu estava um pouco mais calma
-Sei lá...É que você costumava falar mais comigo,e às vezes,eu te via sorrindo na minha direção...
Nesse momento,a unica coisa que me veio à cabeça foi:AGORA FU***!
-Como assim?Eu nunca sorri pra você!-tentei uma mentira desesperada.
-Antes sorria,agora não sorri mais...e é isso que eu não entendo...-meu Deus...ele estava agindo como um tapado...como é que ele AINDA não tinha percebido nada??Mas isso era até um alívio pra mim...imagine se ele descobrisse que eu estou completamente apaixonada por ele...ia ser um desastre!
-Por que isso importa tanto?-falei,um pouco desafiadora e com um Quê de ironia na voz.
-Não sei...mas eu acho que estou sentindo falta dos seus sorrisos...-agora ele estava muito sem graça,olhando pra baixo,com as bochechas completamente coradas...
Mas não era só ele que estava constrangido...senti minhas bochechas arderem e imaginei o quanto devia estar parecendo patética com meu rosto redondo mais vermelho que um tomate...
O que fiz a seguir foi a coisa mais estúpida que um ser humano poderia ter feito:arreganhei um sorriso para o garoto e disse:
-Que tal?
COMO EU PUDE FAZER UMA COISA DESSAS???Agora eu tinha a absoluta certeza de que eu NÃO era normal!!!Cara,não é que as outras pessoas sejam MUITO mais normais que eu...mas eu tenho certeza que que nenhuma das outras garotas teriam a capacidade de fazer essa idiotice(pra não usar uma palavra beem mais forte mesmo)!
Mas algo estranho aconteceu...o garoto com certeza era bem menos normal que eu,por que o que ele fez me deixou perplexa.Ele simplesmente sorriu e foi se aproximando...cara,agora ele estava tão perto,que eu poderia contar as sardas do nariz dele...e,então ele me beijou.
O que eu deveria fazer eu não sei...mas o que eu fiz me levou a ter a melhor sensação de toda a minha vida...

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Espero que gostem da história por completo *---*


Um beijo,


Adriana Schönell

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